4 de Março, 2024 gcoelho

Casas para arrendar: preços mantêm-se inalterados pelo segundo mês

Rendas das casas desceram em 5 capitais de distrito, com Faro e Funchal a liderar as quedas, mostra estudo do idealista.

Renda das casas em Portugal

mercado de arrendamento em Portugal está a dar sinais de mudança, evidenciando um maior equilíbrio entre a procura e a oferta. Sinal disso mesmo é que os preços das casas para arrendar voltaram a manter-se em fevereiro face ao mês anterior. Este é o segundo mês consecutivo em que o custo mediano de arrendar casa permanece inalterado nos 15,8 euros por metro quadrado (euros/m2), segundo aponta o índice de preços do idealista. A estabilização das rendas das casas surge poucos meses depois de o Mais Habitação ser aprovado, o que sugere que poderá já estar a produzir efeitos no mercado. Ainda assim, em termos de variação trimestral, a subida das rendas das casas foi de 2,8% e a anual de 18,3%.

Rendas descem em 5 grandes cidades em fevereiro

O preço de arrendamento em fevereiro desceu em cinco capitais de distrito, com Faro (-5,5%) a liderar a lista. Seguem-se o Funchal (-5,1%), Leiria (-2,8%), Évora (-1,4%) e Aveiro (-0,9%). Já em Coimbra (0,4%) e no Porto (0,2%), os preços mantiveram-se estáveis entre fevereiro e o mês anterior.

Por outro lado, os preços das casas para arrendar aumentaram em Santarém (2,3%), Setúbal (1%) e Lisboa (0,6%), mostra o estudo.

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21,5 euros/m2. Porto (16,9 euros/m2) e Funchal (13,8 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,2 euros/m2), Setúbal (11,9 euros/m2), Coimbra (11 euros/m2) e Aveiro (11 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Santarém (7,9 euros/m2), Leiria (8,2 euros/m2) e Évora (10,6 euros/m2).

Preço das casas para arrendar por capitais de distrito

Casas para arrendar mais baratas em 8 distritos e ilhas

Dos 18 distritos e ilhas analisados e com amostras representativas, as rendas das casas em fevereiro subiram em Beja (6,8%), ilha de São Miguel (5,6%), Viana do Castelo (3,8%), Coimbra (2,3%), Braga (1,5%), Aveiro (0,8%) e Lisboa (0,6%). Já em Faro (0,2%), no Porto (0%) e em Setúbal (-0,2%) os preços mantiveram-se estáveis nesse período.

Por outro lado, os preços das casas para arrendar desceram em Portalegre (-6,6%), Castelo Branco (-5%), Santarém (-4,2%), ilha da Madeira (-4,1%), Vila Real (-3,8%), Leiria (-2,8%), Évora (-2,8%) e Viseu (-1,5%).

O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,7 euros/m2), seguido pelo Porto (15,1 euros/m2), ilha da Madeira (13,7 euros/m2), Faro (13,3 euros/m2), Setúbal (12,6 euros/m2), Coimbra (10,1 euros/m2), Évora (10 euros/m2), Beja (9,3 euros/m2), Leiria (9,3 euros/m2), ilha de São Miguel (9,1 euros/m2), Aveiro (9,1 euros/m2) e Braga (9,1 euros/m2).

Os preços mais económicos para arrendar uma habitação encontram-se em Vila Real (5,8 euros/m2), Portalegre (6,2 euros/m2), Castelo Branco (6,8 euros/m2), Viseu (7,3 euros/m2), Santarém (7,3 euros/m2) e Viana do Castelo (8,3 euros/m2).

Preço das casas para arrendar por distritos e ilhas

Grande Lisboa e Norte com rendas estáveis

Durante o mês de fevereiro, os preços das casas para arrendar apenas subiram na Região Autónoma dos Açores (3,6%) e no Alentejo (3%). Em sentido contrário, desceram na Região Autónoma da Madeira (-4%) e Centro (-0,8%). Já na Área Metropolitana de Lisboa (0,4%), Algarve (0,2%) e o Norte (-0,2%), as rendas das casas mantiveram-se praticamente estáveis.

A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,9 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Norte (13,8 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (13,7 euros/m2) e Algarve (13,3 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (8,8 euros/m2), o Centro (9 euros/m2) e o Alentejo (10,1 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.

Arrendar casa em Portugal
Foto de Blue Bird no Pexels

Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

 

Fonte: Idealista/news