A Quinta Avenida, em Nova Iorque, manteve a sua posição como a localização de comércio de rua mais cara do mundo, com a Via Montenapoleone, em Milão, a subir para o segundo lugar e o Chiado, em Lisboa está na 29ª posição, de acordo com o mais recente relatório “Main Streets Across the World” da Cushman & Wakefield.
A 33ª edição do relatório revela que as rendas de mercado na Via Montenapoleone cresceram 20% no último ano, atingindo 18.000 euros/m²/ano, destronando Tsim Sha Tsui, em Hong Kong, que caiu para o terceiro lugar. Os valores praticados na Quinta Avenida mantiveram-se estáveis, nos 20.384 euros/m²/ano.
Usando dados exclusivos da Cushman & Wakefield, o relatório foca nos valores de arrendamento prime em localizações urbanas de alta qualidade em todo o mundo, que, em muitos casos, estão relacionados com o setor de luxo. Inclui uma classificação das rendas mais elevadas em todo o mundo – apresentando o valor mais alto por país.
Em Portugal a localização mais cara é o Chiado, em Lisboa, que se manteve no Top 30, apesar de ter descido uma posição no ranking face a 2022, ocupando agora o 29º lugar a nível mundial. A renda prime neste eixo aumentou ligeiramente para os 1.500 euros/m²/ano, ainda assim 4% abaixo dos valores pré-pandemia. Ao longo dos últimos 2 anos o Chiado tem registado um elevado volume de novas aberturas, num total de mais de 5.700 m² de área útil em perto de 40 novas aberturas. Mais de 60% desta área corresponde ao setor da restauração, seguido da moda com 20%.
Segundo Rob Travers, Head of EMEA Retail da Cushman & Wakefield, “a escassez de oferta em localizações de retalho super prime tem resultado em tensão competitiva quando surgem oportunidades raras, o que se reflete nos valores de arrendamento. Mesmo com preocupações sobre a redução dos gastos discricionários dos consumidores, os retalhistas têm garantido ou melhorado as suas lojas flagship (modelo) nos principais mercados.”
“Estas lojas são uma parte fundamental da equação de retalho de uma marca. São a incorporação física da marca, algo que é muito difícil de criar num ambiente online. Muitas vezes, isso é reforçado com produtos exclusivos disponíveis apenas para compra na loja, canalizando os clientes para experiências de retalho no mundo real”, acrescenta o responsável.
À medida que o mundo continua a recuperar dos impactos da pandemia global, os principais destinos de retalho também continuaram a sua retoma, registando maioritariamente um aumento dos valores de arrendamento ao longo do último ano. Neste contexto, as rendas dos principais destinos de retalho global aumentaram, em média, 4,8% (em termos de moeda local) no último ano. O crescimento mais robusto foi registado na região da Ásia-Pacífico, com uma média de 5,3%, seguindo-se as Américas com 5,2% e a Europa com 4,2%.
Fonte: Diário Imobiliário