O executivo da Câmara Municipal do Seixal aprovou a suspensão parcial da 1.ª revisão do Plano Diretor Municipal do Seixal, de forma a viabilizar a formalização de uma candidatura para a construção de uma Central de Produção de Hidrogénio Verde, a partir de fontes de energia 100% renováveis, que aposta nas três tecnologias principais de utilização desta fonte de energia, nomeadamente: tecnologia gas-to-gas; sector da mobilidade e tecnologia gas-to-power. Segundo o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva, “o projeto apresentado representa uma nova era para o sistema energético nacional, que passa pela descarbonização do sector energético e pela independência energética de Portugal face ao mercado energético exterior. Esta medida irá aliar a energia solar à produção de hidrogénio e a sua consequente injeção na rede de gás natural”.
Sobre este assunto, refira-se que o Green Pipeline Project (projeto pioneiro a nível nacional) está a ser implementado no município do Seixal, desde o ano passado, e tem como principal objetivo levar a energia natural do hidrogénio a um conjunto de utentes, através da injeção de hidrogénio verde na rede de gás natural. Este projecto inovador, que pretende contribuir para o cumprimento das metas de descarbonização com que o país está comprometido, permite uma maior sustentabilidade ambiental no abastecimento energético das habitações. A Câmara Municipal do Seixal é um dos principais parceiros deste projeto, a par da Gestene (empresa sediada no Seixal e produtora de hidrogénio para este projeto) e da Floene que é responsável pela distribuição do gás com a integração do hidrogénio.
No futuro, este projeto irá estender-se a todo o território nacional, sendo os primeiros utentes um conjunto 80 agregados familiares e empresas do concelho do Seixal (70 residenciais, uma industrial e as restantes oriundas do setor terciário), incluindo o edifício dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal.
O hidrogénio verde é o elemento químico mais leve e abundante existente no universo, tornando-se num portador de energia com elevada densidade, não emitindo gases com efeito de estufa durante a sua produção. É, por isso, considerado uma solução limpa para processos industriais, armazenamento de energia, substituição de combustíveis fósseis nos transportes ligeiros e pesados e com potencial para substituir o gás natural como fonte de calor.
Fonte: Diário Imobiliário