8 de Fevereiro, 2023 Lucas Lopes

Lisboa é a 11ª melhor cidade europeia para investir em imobiliário

Capital recuperou face aos dois anos anteriores: 16ª em 2022 e 15ª em 2021. Em causa estão dados de um relatório da PwC e do ULI.

s vários players do setor imobiliário perspetivam que 2023 seja um ano de incertezas, marcado pelos efeitos da alta inflação, da subida das taxas de juro, da eventual desaceleração económica ou da crise energética. Há, no entanto, sinais de otimismo, nomeadamente no que diz respeito à promoção imobiliária em Portugal, com os investidores a manterem o país no radar. Os dados mais recentes de um relatório elaborado pela consultora PwC e pelo Urban Land Institute (ULI) mostram isso mesmo: Lisboa é a 11º cidade europeia mais atrativa para investir em imobiliário, tendo recuperado face aos dois anos anteriores (16ª em 2022 e 15ª em 2021).

A nível europeu, o relatório “Tendências do mercado imobiliário”, que se baseou num inquérito realizado a mais de 1.000 agentes do setor, como por exemplo bancos, imobiliárias fundos de investimento, permite concluir que o capital internacional se vai concentrar nos mercados mais líquidos e maduros.

Segundo as previsões, nos próximos meses a desaceleração das transações continuará e haverá um ajuste no valor dos imóveis, embora esse cenário também proporcione novas oportunidades de investimento, especialmente nas grandes cidades.

“Os investidores não arriscam e vão procurar mercados estáveis, assim como ativos mais resilientes”, diz Antonio Sánchez Recio, sócio responsável pelo cluster de Construção, Imobiliário e Serviços da PwC.

A liderar o ranking das cidades europeias mais atrativas para investir em imobiliário em 2023 volta a estar Londres (Reino Unido), como se pode constatar na tabela em baixo. Paris (França) e Berlim (Alemanha) ocupam o segundo e terceiro lugares do pódio, respetivamente. O top cinco fica composto, por esta ordem, por Madrid (Espanha) e Munique (Alemanha).

Richard Garey, sócio responsável pela área de negócio na PwC Real Estate, refere que Londres se mantém no topo da lista europeia por “estar mais afastada do impacto da guerra na Ucrânia”, considerada o principal risco social e político para os grandes investidores internacionais. Isto além de ser “o maior mercado imobiliário europeu”.

No caso de Paris, que subiu uma posição em relação ao ranking de 2022, Garey destaca que a capital francesa está a atrair muito interesse por causa da realização dos Jogos Olímpicos de 2024, estando a atrair muito investimento. Sobre Berlim, sublinhou que beneficia do facto da Alemanha ser considerado o país mais seguro da Europa, sendo também uma metrópole que sofreu pouco impacto na sequência do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

 

Foto de Inês Lucas na Unsplash
Fonte: Idealista