“O que está a influenciar os preços é uma crónica escassez da oferta em venda”, diz Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.
Os preços das casas vão baixar ou continuarão a subir, mesmo em tempos de perda de poder de compra e de prestações do crédito habitação a subir? A resposta a esta pergunta é sempre difícil de dar. Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, diz que “o que está a influenciar os preços dos imóveis é uma crónica escassez da oferta em venda no mercado”, sendo “este o principal fator que está na origem da subida dos preços que se tem vindo a registar”. Considera, no entanto, que a mediadora já está a “registar um aumento do tempo médio de venda dos imóveis no mercado, o que levará a um aumento progressivo do stock de imóveis em comercialização, nos próximos meses”.
Relativamente ao impacto que o atual contexto económico pode ter no mercado imobiliário residencial, o responsável adianta, em comunicado, que se a atual conjuntura macroeconómica se mantiver, é expetável que, no último trimestre do ano e em 2023, “se venha a assistir a uma diminuição do número de transações, em comparação com igual período de 2021, bem como a uma fase de estabilização dos preços dos imóveis”.
Ricardo Sousa revela que em junho e julho verificou-se um ligeiro abrandamento nas vendas, mas que em agosto registou-se um aumento de 24% no número de transações, face ao período homólogo.
“As tipologias mais pretendidas continuam a ser os apartamentos T2 e T3. A nível de regiões, salienta-se o Algarve e a região centro, que estão com uma forte dinâmica. Contudo, a Área Metropolitana de Lisboa continua a ser a região mais procurada e com melhor desempenho”, acrescenta.
Preço médio de venda dos imóveis sobe 14,9% num ano
No final do terceiro trimestre, a faturação acumulada (em 2022) da C21 Portugal superava os 70 milhões de euros, o que traduz um aumento de 38% face aos 51 milhões de euros registados em igual período do ano passado, adianta a mediadora, salientando que nos primeiros nove meses de 2022 o volume de negócios mediados – inclui transações partilhadas com outros operadores de mercado – subiu 51%, em comparação com o acumulado dos três trimestres do ano anterior, tendo superado os 2,8 mil milhões de euros.
Entre janeiro e setembro, a C21 Portugal realizou 15.057 transações de venda, mais 32% que no período homólogo (11.413), e 3.653 operações de arrendamento, mais 29% que nos mesmos nove meses do ano passado (2.836).
Nos nove meses em causa, o preço médio dos imóveis transacionados na rede a nível nacional fixou-se em 188.327 euros, o que traduz um aumento de 14,9% em relação à média do valor de venda verificada em igual período do ano passado (de 163.841 euros), conclui a mediadora.
Fonte: Idealista