6 de Setembro, 2022 Lucas Lopes

Portugal é o 2º país da UE onde se vive em casas com piores condições

Em 2020, 25,2% da população vivia em casas com o telhado a deixar entrar água, ou com o soalho e caixilhos das janelas podres.

Portugal é o 2º país da União Europeia (UE) com maior percentagem de pessoas a viverem em casas em más condições, como o telhado a deixar entrar água, as paredes húmidas ou com o soalho e os caixilhos das janelas podres, segundo dados divulgados pela Pordata. Em 2020, um quarto da população (25,2%) vivia neste tipo de alojamentos.

Portugal situa-se acima da média europeia, que em 2020 rondava os 14,8%. Os dados da Pordata revelam que a percentagem de pessoas que vivem em casas em más condições no país aumentou 4,9% nos últimos 16 anos – em 2004, esse número situava-se nos 20,4%.

O primeiro lugar do ranking europeu é ocupado pelo Chipre, onde 39,1% da população vive em habitações em más condições. Na terceira posição, atrás de Portugal, aparece a Eslovénia (20,8%), seguida pela Hungria (20,4%), e Espanha (19,7%).

Os países onde se vive melhor são a Finlândia – onde apenas 4,5% da população vivia em casas em más condições –, a Eslováquia (4,9%), Polónia (6%), Malta (6,1%), e República Checa (6,8%).

Mais de um milhão de portugueses viviam em casas sobrelotadas em 2021

A percentagem de pessoas que viviam em condição de sobrelotação nos últimos anos também aumentou. Estudo recente do Instituto Nacional de Estatística (INE), indicava que, em 2021, em plena pandemia da Covid-19, 10,6% das pessoas viviam em condições de insuficiência do espaço habitacional em Portugal, sendo este o valor mais elevado dos últimos três anos: 9,6% em 2018, 9,5% em 2019 e 9,0% em 202

De acordo com o INE, habitar num alojamento sobrelotado era, em 2021, uma condição que afetava principalmente as famílias em risco de pobreza (18,8%) e as famílias residentes em áreas densamente povoadas (13,2%).

 

Fonte: Idealista