Mercado Imobiliário: O que esperar do 2º semestre de 2022?

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Finalizado o 1º semestre de 2022, o Instituto Nacional de Estatística, apresenta os valores alcançados no mercado imobiliário em Portugal. Através destes, vai ser possível perceber qual a influência da subida da inflação e da guerra na Ucrânia neste setor e as perspectivas que se avizinham para o 2º semestre de 2022. 

De acordo com a análise realizada pelo INE, assistimos nos últimos meses a um aumento de 12,9%, no Índice de Preços da Habitação. Neste mesmo período, verificou-se também uma subida acentuada nos preços das habitações já existentes (13,6%), em relação às novas construções (10,9%).

Desta forma, é possível concluir que, os preços das habitações em Portugal, seguem uma evolução crescente e constante, em linha com o cenário verificado em semestres anteriores. A prova disso, está no volume de transações efetuadas em território nacional nos últimos meses. Apesar deste valor ser inferior quando comparado ao do semestre anterior, em Portugal, segundos os dados apresentados pelo INE foram transacionadas “(…) 43 544 habitações, o que representa uma taxa de variação homóloga de 25,8% (17,2% no trimestre anterior) e uma redução em cadeia de 5,1% (redução de 11,6% em igual período de 2021). No trimestre de referência, o valor das habitações transacionadas foi aproximadamente 8,1 mil milhões de euros, mais 44,4% face a idêntico período de 2021”. Portanto, em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o mercado imobiliário apresentou um crescimento de 26%, no que diz respeito às transações efetuadas e 44% no valor das mesmas. Estes dados revelam, mais uma vez, a resiliência do mercado imobiliários nos últimos trimestres e também nos últimos anos.

Ainda em conformidade com a informação conseguida pelo Idealista, foi possível apurar que ao longo deste ano, o valor do preço do m2 em Portugal tem sofrido uma ligeira subida. No mês de maio, o preço do m2 alcançava o patamar dos 2.360€, registando uma variação de 0,9%, relativamente, ao mês anterior. Porém, este foi de imediato superado em junho, este que contabiliza o valor mais elevado (2.381€) registado este ano. Portanto, ou a tendência de crescimento do preço do m2 inverte ou, de facto, não está previsto um decréscimo no preço das casas em território nacional.

Fonte: Idealista

Ainda de acordo com a análise estatística do INE, verificou-se a retoma do crescimento de preços na Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Madeira. Esta última viu o seu volume de transações, aumentar em cerca de 4,5%.

Em contrapartida e ainda segundo o INE, apenas foram transacionadas, no primeiro semestre do ano, 13.464 habitações na Área Metropolitana de Lisboa (30,9% do número total). Esta região regista assim, “(…) uma redução, relativamente ao período do ano anterior, do respetivo peso relativo,  (-0,9 pontos percentuais)”, afirma o INE.

Importa ressaltar também, que Portugal tem sido um país muito procurado internacionalmente, e desta forma “Entre janeiro e março de 2022, 2 556 transações envolveram compradores com domicílio fiscal fora do Território
Nacional, dos quais 1 435 corresponderam à União Europeia e 1 121 aos Restantes Países”. Desta forma, foi possível constatar que 10% do valor do mercado imobiliário em Portugal, é representado pela procura internacional. No entanto, em comparação com o período homólogo, o seu volume de transações caiu 20%, relativamente, com o trimestre passado. Estes dados são reveladores, de que este, é sem dúvida um importante grupo de compradores em Portugal, e isso é verificável pela entrada líquida de capital, de cerca de 810 milhões de euros e com cerca de 5,9% de imóveis vendidos (2.556) no 1º trimestre de 2022.

Após a análise de todos os indicadores, é possível concluir que apesar das dificuldades apresentadas no setor, relacionadas com falta de mão de obra e os custos de construção, decorrente da situação vivida na Ucrânia, a verdade é que a elevada procura e a escassez da oferta, farão com que os preços dos imóveis em território nacional, não apresentem alterações. Portanto, avizinha-se assim, um segundo semestre com expectativas positivas para o mercado imobiliário em Portugal.

Fonte Imagem: Papo Imobiliário

Escrito por: Inês Duarte Gaiola