8 de Fevereiro, 2022 Lucas Lopes

Lisboa é a 16ª melhor cidade europeia para investir em imobiliário

As 31 melhores cidades europeias para o investimento imobiliário em 2022 foram reunidas num relatório da PwC e da ULI.

mercado imobiliário de Lisboa vai continuar a atrair investidores imobiliários em 2022. É o que diz o mais recente relatório da PwC e da Urban Land Institute (ULI), que coloca a capital portuguesa entre as 20 cidades europeias mais atrativas para o investimento imobiliário este ano. Neste ranking, Londres está em primeiro lugar, seguido de Berlim e Paris.

Analisando as 31 cidades europeias, a PwC e a ULI colocaram Lisboa na 16ª posição do ranking (-1 lugar que em 2021). Mas dá nota no seu relatório “Tendências Emergentes no Imobiliário – Caminho para a Recuperação” que os principais indicadores melhoraram face ao ano passado: as perspetivas de investimento aumentaram 3.92 pontos, enquanto as perspetivas de desenvolvimento subiram 3.80 pontos. Segundo a classificação do relatório, numa visão local as expectativas de investimento em Lisboa são “boas” em 2022.

E que cidades europeias ocuparam os primeiros lugares da tabela? Na frente da corrida está mesmo Londres, a capital do Reino Unido (+1 posição que em 2021).  Mesmo depois do Brexit que empurrou quase 400 empresas financeiras para a Europa, “Londres pode ter potencial para se reinventar”, refere o relatório. Isto porque em vez de se focar em ser uma metropole financeira, pode começar a voltar-se para a teconologia e para as ciências. “O mercado londrino tem profundidade e liquidez e, no fundo, o que prevalece em tempos de crise é a estabilidade”, destaca Richard Garey, sócio responsável pela área de negócio na PwC Real Estate.

A capital alemã, Berlim, é a segunda cidade europeia mais atrativa para o investimento imobiliário em 2022, de acordo com a lista. E Paris (França), Frankfurt e Munique (ambas cidades da Alemanha) compõe o top5.  A procura nestas cidades é muita. E, segundo um partner de uma consultora pan-europeia de mercados de capitais que participou no estudo, “muitas pessoas estão a ser excluídas da Alemanha e de Paris. E, por defeito, procuram mercados alternativos”. Em resultado, “Lisboa, Madrid, Milão e Amesterdão continuam a beneficiar disso”, disse ainda.

Olhando para o sul da Europa – onde entram cidades como Lisboa ou Madrid -,  “os imóveis relacionados ao turismo de lazer devem recuperar-se fortemente dos impactos da Covid-19″, segundo diz um consultor local que participou no estudo, que também vê os “alemães, suíços e alguns investidores espanhóis muito agressivos e ansiosos para comprar no mercado de escritórios”.