Para o sector da Construção, e após um crescimento estimado da produção de 4,3% em 2021, as previsões do Banco de Portugal apontam para uma aceleração da actividade, antecipando-se um acréscimo real do Valor Bruto de Produção do sector em 2022 entre 4,0% e 7,0%, intervalo a que corresponde um ponto médio de 5,5%, dando, assim, continuidade a um importante contributo positivo para a retoma da economia nacional. Em termos absolutos, a produção total do sector deverá situar-se entre os 15,5 e os 16 mil milhões de euros.
Na Análise de Conjuntura do Sector da Construção, realizada pela AICCOPN / AECOPS, no segmento da construção de edifícios residenciais e após um crescimento de 4,5% em 2021, prevê-se que a taxa de variação real se situe entre 4,0% e 7,0%, ou seja, 5,5% em termos médios, tendo em consideração o actual dinamismo da procura de habitação, cujas transacções registaram aumentos homólogos de 25,4% em número e de 33,3% em valor nos primeiros três trimestres de 2021. Espera-se ainda que se mantenha uma conjuntura favorável para este segmento, com a manutenção das condições de concessão de crédito à habitação e um alívio dos constrangimentos provocados pela pandemia.
Relativamente ao segmento da construção de edifícios não residenciais, as previsões apontam para um ligeiro crescimento em 2022, que deverá situar-se entre 0,2% e 3,2%, a que corresponde um ponto médio de 1,7%, em resultado de um comportamento pouco dinâmico na componente privada, a mais penalizada pela crise pandémica e que se encontra bem patente na redução, até Outubro, de 4,1% na área licenciada em edifícios não residenciais, e de um acréscimo de atividade na componente pública, que deverá crescer entre 2,0% e 5,0% em 2022. O segmento da engenharia civil deverá ser, novamente, o mais dinâmico, prevendo-se que o valor bruto da produção em 2022 cresça entre 6,0% e 9,0%, correspondendo um ponto médio de 7,5%, reflectindo a evolução do mercado de obras públicas, tendo-se verificado um aumento de 4,4% no valor dos contratos de empreitadas celebrados até Novembro de 2021. Note-se ainda que os investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência, ao que acresce um Portugal 2020 em fim de ciclo, colocam o sector em destaque, em virtude dos investimentos em construção previstos em áreas como a habitação, a eficiência energética dos edifícios e a construção de infraestruturas.
Fonte: CENTURY 21 Portugal