6 de Dezembro, 2021 Lucas Lopes

Câmara de Lisboa cancela festejos da passagem de ano

Carlos Moedas diz que está a ser avaliada a possibilidade de manter os espectáculos de fogo-de-artifício.

Os festejos da passagem de ano em Lisboa foram cancelados devido à evolução da pandemia de covid-19, anunciou esta sexta-feira o presidente da câmara, Carlos Moedas, remetendo “para a semana” uma decisão sobre os espectáculos de fogo-de-artifício.

“É uma decisão, obviamente, que vai em linha com a situação que estamos a viver, aliás, o presidente da Câmara do Porto e outros municípios tomaram essas decisões. A minha decisão foi, realmente, que no momento em que estamos não podemos ter aquele tipo de festejos que costumávamos ter, que eram ter festa na rua, com os músicos, com os artistas, isso não vai ser possível, portanto todos estamos de acordo em que isso não vai ser possível”, afirmou Carlos Moedas (PSD).

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Lisboa disse que a decisão foi tomada após ouvir “várias pessoas”. Na quinta-feira houve, inclusive, uma reunião do Conselho Municipal de Segurança, em que discutiu o assunto com a Polícia de Segurança Pública e a Polícia Municipal, concluindo que “não há hipótese” de realizar os habituais festejos.

Sobre o que ainda pode acontecer no âmbito das celebrações da passagem de ano em Lisboa, o social-democrata referiu que está a ser avaliada a possibilidade de manter os espectáculos de fogo-de-artifício. “Tem a ver com o fogo-de-artifício, que gostaria muito de fazer em Lisboa, mas que também, neste momento, sem ter realmente o maior conforto de todos, […] não posso dar já uma resposta. Para a semana vamos decidir”, declarou o presidente da Câmara de Lisboa.

Portugal registou nesta quinta-feira mais 2535 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 21 mortes atribuídas à covid-19, registando-se uma ligeira redução dos internamentos, segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Não se registavam tantos óbitos por covid-19 em Portugal desde 18 de Março desde ano, dia em que também se verificaram 21 mortes.

Na quarta-feira o continente português voltou à situação de calamidade, com a definição de várias restrições em diferentes sectores.

 

Fonte: PÚBLICO