No arranque do ano, comprar casa em Portugal custou, em média, 1.241 euros por metro quadrado. Lisboa foi o único município com mais de 100 mil habitantes a registar uma queda no preço mediano.
Os preços das casas continuaram a aumentar no país no arranque do ano. No entanto, em Lisboa a tendência foi a inversa. Os preços na capital recuaram 7,9% no primeiro trimestre de 2021, face ao mesmo período do ano passado, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira.
A capital foi o único município com mais de 100 mil habitantes a registar uma redução homóloga do preço mediano das casas nos primeiros três meses do ano, sinaliza o INE. Ainda assim, Lisboa continua a registar o preço mediano de habitação mais elevado, que se fixa agora nos 3.257 euros por metro quadrado.
Olhando para o total do país, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.241 euros por metro quadrado, uma subida de 3,1% face ao mesmo período de 2020. Este valor representa também um aumento face ao último trimestre de 2020, de 4,5%, apesar de ser uma desaceleração do ritmo de crescimento.
Apesar de Lisboa ser a única queda, “em 18 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes os preços da habitação desaceleraram”, destaca o INE. Deste conjunto, 10 pertenciam à Área Metropolitana de Lisboa (AML) e três à Área Metropolitana do Porto. Já Oeiras foi o único município da AML com uma aceleração do preço (+6,9 pontos percentuais) para uma subida de 12,3%.
Quanto ao Porto, os preços aumentaram 16,7% para 2.282 euros por metro quadrado, uma subida a par de Matosinhos, onde o crescimento homólogo foi de 16,9%. A Invicta continua assim no grupo com preços medianos superiores a 2.000 euros por metro quadrado, que também inclui Lisboa, Cascais (2.936 euros/m2), Oeiras (2.536 euros/m2 ), e Odivelas (2.071 euros/m2).
O INE disponibiliza ainda os dados para o período de 12 meses terminado em março de 2021, no qual a “cidade de Lisboa se destacou por apresentar pela primeira vez, desde o 1º trimestre de 2016, uma redução homóloga dos preços da habitação“, de 1,1%. Já o Porto ficou no extremo oposto, ao registar o maior crescimento face ao período homólogo (+19,2% contra +7,2% em Portugal).
Fonte: eco.sapo.pt