1 de Dezembro, 2020 Lucas Lopes

Pandemia torna venda de casas 22 dias mais lenta. Veja quanto tempo demora em cada distrito

Um dos impactos da pandemia no mercado imobiliário regista-se no tempo médio necessário para vender uma casa. A nível nacional são precisos mais 22 dias do que há um ano, mas há distritos onde até ficou mais rápido.

No terceiro trimestre deste ano, em média, eram necessários 5,1 meses para vender uma casa em Portugal, o que significa mais 22 dias do que um ano antes, revelam os dados do Idealista/data divulgados pelo idealista/news. A pandemia é o principal fator para o aumento no tempo de permanência dos imóveis no mercado.

No espaço de um ano, o país passou de uma situação de crescimento económico robusto para uma crise pandémica e cujos efeitos ao nível económico e social ainda não se fizeram sentir em pleno. Acresce que a banca está mais criteriosa na concessão de crédito.

O Idealista/data analisa as capitais de distrito e as regiões autónomas e constata-se que existem diferenças significativas consoante as geografias.

Setúbal é a única cidade onde o tempo médio para vender uma casa é inferior a quatro meses, cifrando-se em 3,6 meses, menos três dias do que no terceiro trimestre do ano passado. Em Lisboa, o mercado mais dinâmico do país, as casas colocadas à venda demoram 4,1 meses para serem compradas, mais 10 dias do que um ano antes. Igual tempo é quanto os proprietários na ilha de São Miguel, nos Açores, têm de esperar até fechar a venda, uma descida de 52 dias face aos 5,8 meses do terceiro trimestre de 2019.

No extremo oposto, Viana do Castelo viu o tempo de venda das casas aumentar em 61 dias, para 8,3 meses. Seguem-se Vila Real, com 8,2 meses e uma subida de 81 dias, e Beja, com 8,1 meses, que traduzem um acréscimo de 19 dias face ao período homólogo.

Apenas cinco cidades viram o prazo de permanência dos imóveis no mercado encolher, destacando-se a Guarda, com uma redução de 67 dias. Além da já referida ilha de São Miguel, apenas Évora apresenta uma descida significativa: 24 dias. Em Portalegre o decréscimo é de cinco dias e em Setúbal de três.Nas maiores subidas sobressaem alguns dos mercados mais fortes, como Faro, mais 50 dias, e a ilha da Madeira, mais 48 dias. Em ambos os casos, o peso dos compradores estrangeiros no mercado residencial poderá explicar em parte o prolongamento do tempo de venda das casas, até porque existem restrições às viagens entre países e um receio maior dos cidadãos em visitarem outros locais.

 

Fonte: Jornal de Negócios