7 de Outubro, 2020 Lucas Lopes

Tem um spread acima de 1,5%? Está na altura de negociar com o seu banco

 

Se comprou casa entre 2011 e 2016 ou tem um spread acima de 1,5% o Doutor Finanças sugere a revisão das condições do crédito habitação.

A empresa especializada em finanças pessoais e familiares, anuncia que os spreads actualmente praticados pelos bancos se encontram mais baixos, especialmente se comparados com as operações realizadas entre 2011 e 2016.

Há alguns anos que nenhum banco se tinha arriscado a praticar spreads abaixo de 1%. Ainda que esta taxa possa estar acessível apenas em determinadas situações, a verdade é que os bancos estão a oferecer spreads mais baixos.

Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, explica que “o contexto é atractivo para quem está a pensar contrair um crédito habitação. E porquê? Porque as taxas de juro estão baixas. Por isso, esta será uma das melhores alturas para contrair crédito ou rever as suas condições actuais porque o spread do seu crédito pode já não estar actual.”

De acordo com o especialista deve-se fazer uma revisão do crédito habitação, aproveitando os spreads mínimos inferiores a 1% que algumas instituições estão a oferecer actualmente. “Esta realidade é válida especialmente se se tiver um spread acima dos 1,5%, pois podemos conseguir poupanças significativas na prestação, ao renegociar as condições do crédito, aproveitando este contexto de concorrência na banca”, refere o Doutor Finanças.

Indica ainda que mesmo que não se consiga o spread mais baixo que um banco possa estar a praticar, é possível que se encontrem soluções mais vantajosas. Há vários bancos que estão a oferecer spreads máximos na ordem dos 2%, o que significa que em muitos casos este será o pior cenário.

Os dados mais recentes disponibilizados pelo Banco de Portugal revelam que os novos créditos habitação estão a ser concedidos com juros na casa de 1%, incluindo indexante e spread. Se recuarmos a 2014, por exemplo, esta taxa média já dispara para mais de 3%.

“O impacto da revisão de um contrato de crédito dependerá sempre das condições que tivermos no nosso crédito habitação e do montante de financiamento, mas se nos seguirmos pelas taxas médias identificadas pelo Banco de Portugal nas novas operações de financiamento, a poupança pode ser significativa”, referem os especialistas da empresa.

Por exemplo, uma família que comprou casa em 2014, quando a taxa média superava os 3%. Um empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, corresponde a uma prestação superior a 400 euros. Com as taxas médias actuais, os juros rondam 1%, o que implica menos 80 euros por mês.

De qualquer forma e independentemente da altura em que se fizer o crédito habitação, consultar o mercado pode revelar melhores condições do que as que se tem agora.

“Devemos também estar conscientes de que o que pesa no custo de um crédito não será apenas o spread. É preciso ter atenção a outros encargos que acabam por tornar a fatura de um crédito elevada, como a TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global), o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor), a questão dos seguros, entre outras”, revela a empresa.

“Todas estas questões precisam de ser avaliadas caso a caso. Só é possível ter uma solução válida com as propostas em cima da mesa”, conclui o especialista.

 

Fonte: Diário Imobiliário