O valor das rendas pedidas pelos proprietários desceu em 25% dos imóveis para arrendamento no país. A descida média do valor cifrou-se em 13%.
Uma em cada quatro (25,7%) das casas em oferta para arrendamento em Portugal viram o valor da renda pedida pelos proprietários baixar no segundo trimestre, segundo dados do SIR-Arrendamento da Confidencial Imobiliário divulgados esta segunda-feira.
De acordo com o comunicado, a revisão média no valor pedido cifrou-se em 13,3%.
Os números mostram um acentuar desta tendência face aos primeiros três meses do ano, ainda antes do impacto maior da pandemia da covid-19. No primeiro trimestre tinham sido 17,8% as casas em oferta cuja renda pedida tinha sido revista em baixa, tendo a descida média sido de 11%.
“Esta revisão é normalmente utilizada pelos proprietários para melhorar as possibilidades de arrendar o seu imóvel. Haver não só mais proprietários dispostos a rever o valor da renda pedida, como aumentar a magnitude da revisão, é uma consequência natural da estagnação da procura trazida pela pandemia, a qual já começou a pressionar as rendas contratadas em baixa”, sublinha Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, citado no comunicado.
Uma em cada três casas em Lisboa baixou a renda pedida
Na capital foi ainda mais pronunciada esta opção dos proprietários. Uma em cada três casas (33,2%) em oferta para arrendamento em Lisboa foram alvo de uma revisão da renda pedida, tendo a queda no valor solicitado sido de 13,1%.
No Porto, pelo contrário, o número de imóveis cuja renda pedida baixou foi ligeiramente inferior à média nacional, situando-se em 24,3%. Na Invicta, a descida média na renda das casas em oferta foi de 15,7%.
A renda média pedida em Portugal Continental no segundo trimestre cifrou-se em 12,2 euros por metro quadrado, tendo o valor no Porto sido ligeiramente superior, atingindo os 12,5 euros por metro quadrado. Já em Lisboa, o valor médio cifrou-se em 15,5 euros por metro quadrado.