“A tomada de decisão do investimento depende do momento em que se entra no ciclo do mercado”, sublinha Gonçalo Nascimento Rodrigues. Quem ingressa no início ou meio do ciclo poderá beneficiar do movimento de subida, quem o faz no final do ciclo pode confrontar-se com prejuízos. De qualquer forma, o investimento imobiliário é tipicamente mais resiliente a crises do que outros ativos financeiros. “No final do ano passado, o mercado de capitais e bolsistas em três dias anulou as mais-valias de dois anos. Esta situação não acontece no mercado imobiliário, não tem correções abruptas, o que torna o investimento mais interessante. Em geral, também cobre o risco de inflação, as rendas todos os anos são atualizadas à taxa de inflação. Estas duas caraterísticas — seja para o pequeno ou grande investidor — são fundamentais”, refere o analista financeiro.“A tomada de decisão do investimento depende do momento em que se entra no ciclo do mercado” Gonçalo Nascimento Rodrigues
O enquadramento macroeconómico, com as taxas de juros em baixa, também tem facilitado os investimentos no setor. “Quando o mercado imobiliário começa a recuperar em 2013 ou 2014, já os mercados bolsistas e obrigacionistas estão muito alavancados. O imobiliário torna-se uma alternativa fantástica e o dinheiro é muito barato. Até para o pequeno investidor é muito mais interessante comprar uma casa e arrendá-la do que ter o dinheiro parado no banco”, afirma Gonçalo Nascimento Rodrigues.
O investimento no mercado imobiliário, equacionado por norma para o longo prazo, tem uma multiplicidade de fins: turísticos, habitação própria permanente, arrendamento para estudantes ou habitação partilhada, entre outros – o que significa que é flexível e mais facilmente transacionado.
Fonte: Observador