O interesse e investimento estrangeiro tem cada vez mais peso nas contas do setor imobiliário português, como comprovam as estimativas apuradas pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Os dados apurados entre janeiro e junho de 2019 revelam que os franceses foram os estrangeiros que mais investiram no imobiliário português, com uma representatividade de 21%.
Nesta lista, seguem-se o Reino Unido e o Brasil,
ambos com a mesma representatividade (18%), a Alemanha (9%) e a China (7%).
Os dados divulgados revelam que o investimento estrangeiro representou, no 1º
semestre de 2019, cerca de 16% do total das transações efetuadas no
mercado imobiliário português. Entre as diferentes tipologias de apartamentos,
as que geraram mais procura foram os
T3 (46%), os T2 (37%) e
os T1 (com 15% de procura).
Se analisarmos estas informações estatísticas em comparação com os valores atingidos em 2018, verificamos que a tendência de investimento estrangeiro continua a ser considerável. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), 8,2% dos imóveis transacionados em Portugal no ano passado foram vendidos a investidores estrangeiros.
No conjunto dos dados estatísticos divulgados, destacamos igualmente que mais de três quartos do valor das aquisições por cidadãos não residentes, no ano passado, concentraram-se na Área Metropolitana de Lisboa (39,5%), onde se enquadra o trabalho desenvolvido pelo TipyFamilyGroup, e no Algarve (35,9%). De realçar que foi também na Área Metropolitana de Lisboa que o valor médio destas aquisições foi mais elevado (322,5 mil euros).
Em 2018, o valor médio dos prédios adquiridos pelos cidadãos não residentes em Portugal traduziu-se em sensivelmente 171 mil euros, correspondendo um aumento de 58%, comparando com o valor médio das transações globais (que gira em torno dos 108 mil euros). Trata-se de uma diferença significativa face a 2017, ano em que a percentagem atingiu os 49%.